terça-feira, 1 de novembro de 2011

Existe Fidelidade Partidária?


do jornal da estância
Acompanhamos até o último dia 07, a mobilização em torno das filiações partidárias no Brasil, visando o pleito de 07 de outubro de 2012. Duas novas legendas foram criadas no País.  O PSD de Gilberto Kassab, desfalcando legendas como o DEM e o PSDB, e o PPL com a promessa de dar uma nova cara à política nacional. 
Definiu o TSE que os políticos que tivessem mandato e migrassem para essas novas legendas teriam até trinta dias após sua criação e não correriam o risco de perder seus cargos eletivos.  E assim começou a troca-troca.
No Brasil temos 29 partidos com registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, 2 partidos estão com seus processos tramitando junto ao TSE.  Além disso, mais 5 partidos já possuem seu registro nos TREs de pelo menos um estado, e estão aguardando registro junto ao TSE.  Temos ainda mais 28 siglas que não informam em seus sites o andamento de seus processos de registro junto aos órgãos competentes.
Então partimos do princípio de que 36 legendas estão aptas a disputarem o próximo pleito. 
O sistema eleitoral brasileiro precisa de mudanças urgentes para que possamos construir uma democracia forte onde o voto seja partidário e não neste ou naquele aventureiro.  Se fossemos descrever neste artigo a inviabilidade de se votar em pessoas, e não nos partidos, simplesmente as 16 páginas deste jornal seriam poucas para tal descrição.
Em nossa cidade temos algumas legendas tradicionais e outras que só aparecem em época de eleição municipal, para satisfazer o interesse desta ou daquela coligação, ou seja, os chamados partidos de gaveta, que só da saem escrivaninha em época eleitoral.
Alguns partidos mais tradicionais manipulam estas agremiações como se fosse o Programa Topa ou não Topa do SBT.  Escreve-se o nome dos candidatos em pequenos pedaços de papel, se colocam o nome das siglas, e joga-se tudo para o alto.  Quem cai aqui é candidato por esse partido, ali pelo outro e assim vai...
Como podemos falar em democracia forte se a essência dela é o povo que acaba sempre enganado nestas maracutaias políticas que só servem aos interesses dos poderosos.
Em 2008 o PMN elegeu 2 vereadores que acabaram deixando o partido recentemente. E o que aconteceu com a legenda em São Roque?
 Políticos circulam por agremiações partidárias como se estivessem viajando de férias, e o povo sempre assiste de camarote e acaba dando nota dez em todos os quesitos, mesmo que não seja carnaval e sim um evento que define a vida política de uma localidade pelos próximos quatro anos.
Claro que temos políticos comprometidos com os anseios da comunidade, mas infelizmente estes são exceções a regra.
Defendemos sim uma mudança no sistema eleitoral do País, uma mudança que contemple a sociedade e não grupos que usam o poder para lutar por seus interesses em detrimento da população

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