sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Divergências entre países marcam início de cúpula decisiva para o euro


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O que está em jogo é o futuro do euro e talvez da própria UE. Mas, no início do encontro de cúpula em Bruxelas, os líderes europeus apresentam posições conflitantes.


Mais uma vez, tudo está em jogo. Essa frase vem sendo dita de forma um tanto frequente quando o assunto é salvar o euro. Há cerca de um ano e meio que os encontros de cúpula vêm e vão, sem que seja encontrada uma solução real para a crise. Nesta quinta-feira (08/12), em Bruxelas, começa mais um deles, no qual, mais uma vez, tudo está em jogo.
Pouco antes do início do encontro, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, lançou um novo apelo aos líderes europeus, dizendo esperar "que eles não venham dizer o que não podem fazer, mas o que eles farão pela Europa. O mundo está olhando para nós". E acrescentou: "Devemos fazer de tudo para garantir a irreversibilidade do euro."
Também o presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez uma alerta semelhante, afirmando que não haverá uma segunda chance e que a União Europeia poderá "explodir" se a cúpula falhar.
A responsabilidade e iniciativa estão especialmente nas mãos da Alemanha e da França, que acreditam que somente através de mudanças nos tratados europeus é possível sair desta prolongada crise.
Se depender dos dois maiores países do euro, os Estados devem ser forçados a implementar uma política orçamentária sólida. Todas as tentativas de se criar barreiras de proteção financeira por meio de recursos bilionários fracassaram até agora e, no fim das contas, são apenas soluções ilusórias, argumenta o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.
"Mais importante do que o tamanho do firewall é que os países resolvam a causa dos problemas. Por isso é muito mais importante que todos cumpram com suas obrigações segundo o Pacto de Estabilidade e Crescimento. Aí não vamos precisar desse firewall ".
Resistência
Former Belgian Prime Minister Guy Verhofstadt casts his vote in a polling station in Mariakerke near Ghent, Belgium, Sunday, June 7, 2009. Europe appears to be leaning to the right ahead of European Parliament elections Sunday, with voters in many countries favoring conservative parties against a backdrop of economic crisis. (AP Photo/Yves Logghe)
Líder dos liberais europeus, Guy VerhofstadtOrçamentos nacionais devem ser monitorados, Estados que ultrapassarem o deficit máximo estabelecido devem ser punidos com sanções automáticas. Essas são as ideias franco-alemãs.
Mas há muita resistência a elas, mesmo no Parlamento Europeu. Para o eurocético britânico Nigel Farage, do Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip, na sigla em inglês), o euro já está condenado ao fracasso. Novas regras podem vir, mas ele as considera ineficazes.
"Como eles vão fazer valer isso? Eles querem mobilizar as Forças Armadas? O problema é exatamente o mesmo que o dos critérios de estabilidade de Maastricht. Concordamos com eles há 20 anos. E, ironicamente, foram a França e Alemanha os primeiros a ultrapassar o limite de deficit de 3%."
Outros, como líder da bancada liberal, Guy Verhofstadt, apoiam a ideia franco-alemã de uma união fiscal, da estreita coordenação das políticas nacionais de orçamentos, economia e finanças. Mas Verhofstadt acredita que, no fundo, Alemanha e França têm ideias muito diferentes sobre o assunto. "A França quer uma união fiscal sem a disciplina real, e a Alemanha quer uma união fiscal sem solidariedade", conclui.
Medo da ditadura franco-alemã
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, já anunciou que não vai apoiar qualquer coisa que possa prejudicar o centro financeiro Londres. "Obviamente precisamos de estabilidade na zona do euro. Isso é bom para os países europeus e também para o Reino Unido. Mas também temos de proteger os interesses britânicos", afirmou Cameron, cujo país não faz parte da zona do euro.
E, além de tais preocupações de conteúdo, há também o temor, principalmente dos países pequenos, de uma ditadura franco-alemã. Além disso, mesmo muitos apoiadores das alterações contratuais temem que esse processo seja muito demorado. Em alguns países, até mesmo um referendo seria necessário, com resultados incertos.
Sachsen/ Bundesfinanzminister Wolfgang Schaeuble (CDU) spricht am Montag (14.11.11) in Leipzig auf dem 24. Bundesparteitag der CDU. Der kuenftige Europa-Kurs der CDU, das Thema Mindestloehne und neue Wege in der Bildungspolitik stehen im Mittelpunkt des 24. Bundesparteitags der Christdemokraten. (zu dapd-Text)
Foto: Sebastian Willnow/dapdMinistro Schäuble: soluções ilusóriasSeria possível modificar um contrato em circunstâncias tão adversas? Alemanha e França deixaram claro que, se necessário, somente os 17 membros da zona do euro devem tomar parte do processo, ou o eurogrupo e quem mais quiser participar. Durão Barroso teme um racha. "Os contratos não definem a área do euro como algo que difere da União Europeia, mas como o núcleo da União Europeia", advertiu.
Ao chegar a Bruxelas, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, disse que é necessário mais comprometimento dos países-membros com o rigor orçamentário. "Se vamos conseguir isso dos 17 países mais xis ou até mesmo de todos os 27 países-membros, as negociações vão mostrar. Importante, para mim, é que modifiquemos os tratados de maneira a nos mover rumo a uma união de estabilidade”, declarou.
Os fronts de batalha já estão delineados. Eles correm entre países, entre grupos de países, entre países-membros e a Comissão. E a Alemanha é o foco de todas as discussões, tanto positivo como negativo. Pouco antes do início da cúpula ainda não está claro se o encontro vai trazer um avanço ou se terminará em desastre como, talvez, o euro também. Mais uma vez, tudo está em jogo.
Autor: Christoph Hasselbach (md)
Revisão: Alexandre Schossler

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