quinta-feira, 26 de julho de 2012

A direita espreita


Por: Fabio Jr. e Bruno Torres


"Mais de três décadas depois de extinto o bipartidarismo no Brasil, um grupo com representantes em mais de 10 Estados brasileiros quer tirar dos porões do passado a Aliança Nacional Renovadora (Arena), criada em 1965 para sustentar a então incipiente ditadura militar. Mas engana-se quem pensa que o líder dessa iniciativa veste uniforme das Forças Armadas e penteia cabelos brancos. As mais de 150 pessoas comprometidas com o projeto são presididas por Cibele Bumbel Baginski, 22 anos, estudante de Direito na Universidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha. A nova Arena, avisa Cibele, responde a um cenário em que a política brasileira está desmoralizada, com 30 siglas em atividade entre as quais "não existe partido de direita"."

O grupo visa a recriação de um partido primeiramente criado para dar a falsa ideia de democracia durante a ditadura. A justificativa até então para a ditadura era a ameaça comunista. Com essa justificativa os militares subiram ao poder, mataram e torturam, porém os jovens responsáveis pela ideia de recriação dizem que o partido não teve nada haver com isso, mas sim o "sistema".

O jovem também defende a ditadura chamando de revolução:
 “A História do Brasil - a Revolução de 1964 e outros fatos - deve ser respeitada, mas um partido político não é uma instituição histórica para ficar remoendo fatos do passado. Deve-se respeitá-los, sim, conhecê-los, mas deve-se focar em propostas para mudar o País, que é o que um partido político faz: propor e fazer”

A estudante ainda faz uma referencia errada ao comunismo e ao anarquismo:
 “Como programa, a gente não defende o Estado mínimo nem o Estado máximo, porque o Estado máximo seria implantar uma ditadura aos moldes comunistas e marxistas, e o Estado mínimo seria simplesmente criar um anarquismo", ela pondera, exaltando a moderação como virtude própria do conservador. "

Lembrando que os moldes marxistas não defendem "estado máximo" no sentido de totalitarismo, mas o estado de grande proporção acessível a todos trabalhadores de modo que o estado se mantém centralizado na mão da maioria, por estruturas de “descentralização de responsabilidades e poder” o que seria uma democracia de verdade. Pior ainda é a referência ao anarquismo como estado mínimo, sendo que o anarquismo em maioria se caracteriza como movimento de trabalhadores, para aplicação de uma “democracia radical” e o estado mínimo geralmente é defendido por neoliberais.

Ela faz declarações afirmando que os partidos de direitas atuais estão caindo no “Centrismo”, e está indo para um posicionamento, não de esquerda, mas também não de direita. Ela fala que isso que está fazendo, é tentar recuperar a direita brasileira.

Se um partido como o PSDB que até então pode ser considerado “centrista”, comete inúmeras atrocidades, repressão, políticas que favorecem a elite, e etc, imagina o que uma “direita de fato” iria fazer, já que ela não considera esses “partidinhos de direita”? É, as coisas não estão boas.

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