segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Ataque à política econômica do governo Dilma é atestado de falta de alternativas da oposição


FONTE: Ze Dirceu
zé dirceu - um espaço para discussão no brasil

Mudou o ano, estamos de volta ao batente aqui no blog e ao agradável bate-papo diário com vocês e só a oposição não muda, não se encontra, nem cai na real. Suas criticas às medidas fiscais e monetárias do governo Dilma Rousseff, a seu ativismo anticíclico e à defesa comercial do Brasil são um atestado da absoluta falta de alternativas da oposição.

Nos jornalões de hoje, a oposição continua a campanha intensificada na virada do ano, mas a vida desmente nossos adversários. É só ver na mídia que o presidente da França, François Hollande, vai usar 2 bilhões de euros do orçamento para combater o desemprego e que os bancos centrais (BCs) afrouxam as regras para os bancos... Como vemos, sem Estado e sem apoio dos BCs não há salvação. Mas O Globo, jornal dos Marinho, por exemplo, ouve a oposição e até estimula convocação do ministro da Fazenda para explicar a política fiscal do governo Dilma. Decididamente não aprendem... 

Salta à vista, portanto, o ridículo dos porta-vozes da oposição, especialmente do tucanato defendendo, de novo, o Estado mínimo e criticando o governo pelo que chamam de estatismo, de intervenção na economia. O ridículo fica mais atroz ainda porque nos EUA e na Europa, o Estado, os governos, os bancos centrais, o FMI e a União Europeia intervêm na economia despejando trilhões de dólares e euros para salvar bancos e empresas, eliminando direitos e conquistas sociais e jogando seus países e povos na recessão e no desemprego.

Oposição quer volta ao passado

Mas aqui a oposição segue em sua ofensiva visando a restabelecer como centro da política econômica as medidas de austeridade e de desregulamentação da economia, de privatização e combate à inflação, e não o crescimento do emprego e principalmente da renda, com aumento real dos salários, a criação de empregos e a defesa de nossa indústria, com investimentos públicos não apenas na infraestrutura mas, também, em educação e inovação, que nesse ano representaram os maiores investimentos do governo federal.

Assim, a gritaria histérica dos jornalões corre solta em paralelo às entrevistas e artigos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos economistas - quase todos banqueiros hoje - que assessoram o tucanato nesse retorno ao passado, no qual pregam a volta das privatizações, o corte de gastos públicos e juros e superávit mais altos.

Atacam, ainda - e como! - o papel do Estado e alimentam uma campanha que já ganhou curso nos jornalões na Europa, acusando o governo Dilma de intervencionista em prejuízo dos investimentos privados. Não se pejam, fazem-no exatamente quando o país recebe US$ 60 bilhões de Investimento Direto Externo (IDE) no ano passado e sustenta o maior programa de investimentos públicos dos últimos 30 anos, representado pelo PAC e pelas inversões em petróleo, gás e  energia.

Crescimento com base no mercado interno não se esgotou

Querem nos convencer de que o crescimento apoiado no mercado interno se esgotou, quando é exatamente o contrário. Temos uma economia basicamente voltada para o nosso mercado interno e os dos nossos vizinhos - mercados, registre-se, de uma dimensão única, com 400 milhões de habitantes, ávidos por serviços, capitais e tecnologia, bens essenciais e serviços públicos.

Sem contar que internamente ainda temos um mercado a ser atendido de pelo menos 70 milhões de brasileiros que carecem de habitação, saneamento, transportes, serviços de saúde, educação, e insumos domésticos. Toda a infraestrutura do país está em reconstrução e nossa demanda de energia só cresce. Assim, como pode alguém pregar que nosso crescimento não pode se apoiar mais no nosso mercado interno?

Apoiar nosso crescimento no mercado interno evidentemente não significa abandonar ou desprezar o mercado externo. Pelo contrário, toda nossa politica externa e comercial visa exatamente o aumento das exportações e dos investimentos apesar da crise mundial que vivemos. Leiam, também, 

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